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31 de mai. de 2012

Vestibular - Relação candidato-vaga - Unicamp


Vestibular Unicamp

Relação candidatos-vaga

Quadro comparativo 2011/2012

  Cursos
Vagas
2012
Inscritos
Relação C/V
2011
2012
Variação
2011
2012
%
Arquitetura e Urbanismo (Noturno)
30
2145
2461
316
14.7
71.5
82.0
Artes Cênicas (Integral)
25
432
470
38
8.8
17.3
18.8
Artes Visuais (Integral)
30
421
402
-19
-4.5
14.0
13.4
Ciência da Computação (Noturno) 
50
960
1075
115
12.0
19.2
21.5
Ciências Biológicas (Integral)
45
1625
1582
-43
-2.6
36.1
35.2
Ciências Biológicas -  Licenciatura (Noturno)
45
463
449
-14
-3.0
10.3
10.0
Ciências da Terra - Geologia/Geografia (Integral)*
 
663
 
 
 
 
 
Ciências do Esporte (Integral)
60
206
286
80
38.8
3.4
4.8
Ciências Econômicas (Integral)
70
1637
1546
-91
-5.6
23.4
22.1
Ciências Econômicas (Noturno)
35
758
786
28
3.7
21.7
22.5
Ciências Sociais (Integral)
55
434
447
13
3.0
7.9
8.1
Ciências Sociais (Noturno)
55
380
337
-43
-11.3
6.9
6.1
Comunicação Social - Habilitação: Midialogia (Integral)
30
1160
1274
114
9.8
38.7
42.5
Dança (Integral)
25
211
225
14
6.6
8.4
9.0
Educação Física (Integral)
50
349
341
-8
-2.3
7.0
6.8
Educação Física (Noturno)
50
297
293
-4
-1.3
5.9
5.9
Enfermagem (Unicamp) (Integral)
40
494
496
2
0.4
12.4
12.4
Engenharia Agrícola (Integral)
70
493
437
-56
-11.4
7.0
6.2
Engenharia Civil (Integral)
80
2910
3791
881
30.3
36.4
47.4
Engenharia de Alimentos (Integral)
80
697
823
126
18.1
8.7
10.3
Engenharia de Alimentos (Noturno)
35
359
270
-89
-24.8
10.3
7.7
Engenharia de Computação (Integral)
90
1705
1877
172
10.1
18.9
20.9
Engenharia de Controle e Automação (Noturno)
50
957
1007
50
5.2
19.1
20.1
Engenharia de Manufatura (Integral)
60
250
506
256
102.4
4.2
8.4
Engenharia de Produção (Integral)
60
1740
2021
281
16.1
29.0
33.7
Engenharia Elétrica (Integral)
70
1203
1201
-2
-0.2
17.2
17.2
Engenharia Elétrica (Noturno)
30
452
455
3
0.7
15.1
15.2
Engenharia Mecânica (Integral)
140
2695
3155
460
17.1
19.3
22.5
Engenharia Química (Integral)
60
2087
2489
402
19.3
34.8
41.5
Engenharia Química (Noturno)
40
711
855
144
20.3
17.8
21.4
Estatística (Integral)
70
365
221
-144
-39.5
5.2
3.2
Estudos Literários (Integral)
20
166
182
16
9.6
8.3
9.1
Farmácia (Integral)
40
1058
958
-100
-9.5
26.5
24.0
Filosofia (Integral)
30
187
228
41
21.9
6.2
7.6
Física - Licenciatura (Noturno)
40
240
169
-71
-29.6
6.0
4.2
Física/Matemática/Matemática Aplicada e Computacional (Integral)
155
682
627
-55
-8.1
4.4
4.0
Fonoaudiologia (Integral)
30
270
204
-66
-24.4
9.0
6.8
Geografia (Integral)*
20
 
178
 
 
 
8.9
Geografia (Noturno)
30
244
164
-80
-32.8
8.1
5.5
Geologia (Integral)*
20
 
618
 
 
 
30.9
Gestão de Comercio Internacional (Noturno)
60
754
778
24
3.2
12.6
13.0
Gestão de Empresas (Noturno)
60
694
707
13
1.9
11.6
11.8
Gestão de Políticas Públicas (Noturno)
60
273
281
8
2.9
4.6
4.7
Gestão do Agronegócio (Noturno)
60
198
271
73
36.9
3.3
4.5
História (Integral)
40
628
657
29
4.6
15.7
16.4
Letras - Licenciatura (Integral)
30
368
363
-5
-1.4
12.3
12.1
Letras - Licenciatura (Noturno)
30
371
344
-27
-7.3
12.4
11.5
Licenciatura Integrada Química/Física (Noturno)
30
130
146
16
12.3
4.3
4.9
Linguística (Integral)
20
129
104
-25
-19.4
6.5
5.2
Matemática - Licenciatura (Noturno)
60
289
407
118
40.8
4.8
6.8
Medicina (Unicamp) (Integral)
110
11428
12584
1156
10.1
103.9
114.4
Música - Composição (Integral)
7
36
42
6
16.7
7.2
6.0
Música - Instrumentos (Integral)
20
179
131
-48
-26.8
9.0
6.6
Música - Licenciatura (Integral)
15
84
91
7
8.3
5.6
6.1
Música Popular (Integral)
20
216
217
1
0.5
10.8
10.9
Música - Regência (Integral)
3
17
22
5
29.4
3.4
7.3
Nutrição (Integral)
60
696
604
-92
-13.2
11.6
10.1
Odontologia (Integral)
80
1331
1314
-17
-1.3
16.6
16.4
Pedagogia - Licenciatura (Integral)
45
268
199
-69
-25.7
6.0
4.4
Pedagogia - Licenciatura (Noturno)
45
357
352
-5
-1.4
7.9
7.8
Química (Integral)
70
742
691
-51
-6.9
10.6
9.9
Química Tecnológica (Noturno)
40
281
298
17
6.0
7.0
7.5
Tecnologia Ambiental (Integral)
40
159
208
49
30.8
4.0
5.2
Tecnologia Ambiental (Noturno)
80
235
455
220
93.6
2.9
5.7
Tecnologia da Construção Civil (Noturno)
80
265
225
-40
-15.1
3.3
2.8
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Integral)
45
200
186
-14
-7.0
4.4
4.1
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Noturno)
45
206
197
-9
-4.4
4.6
4.4
Tecnologia em Sistemas de Telecomunicações (Integral)
50
299
67
-232
-77.6
6.0
1.3
Totais
3320
52939
56847
3908
7.4
15.9
17.1
 
Enfermagem (Famerp) (Integral)
60
236
265
29
12.3
3.9
4.4
Medicina (Famerp) (Integral)
64
4034
4388
354
8.8
63.0
68.6
Totais
124
4270
4653
383
9.0
34.4
37.5
 
Total Geral
3444
57209
61500
4291
7.5
16.6
17.9
* Até o Vestibular 2011, o ingresso nos cursos de Geologia e Geografia (Integral) ocorria através da opção Ciências da Terra. A partir do Vestibular 2012, os candidatos passaram a fazer a opção por Geologia e Geografia separadamente.

Fonte: CONVEST- Comissão Permanente para vestibulares - UNICAMP

Enem 2012


Enem recebe 1,15 milhão de inscrições em dois dias


DE SÃO PAULO

Em dois dias, mais de 1,15 milhão de estudantes se inscreveram na edição 2012 do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As inscrições começaram na segunda (28) e vão até o dia 15 de junho pelo site do Inep (órgão responsável pelo exame).

Ao divulgar o balanço nesta quarta-feira, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) disse esperar um "crescimento bem importante no número de inscritos". No ano passado mais de 6 milhões de pessoas se inscreveram.
Mercadante também comentou a ampliação da logística para a aplicação do exame, em 3 e 4 novembro. "Triplicamos os itens que precisarão ser checados, ou seja, serão 3.349 pontos de monitoramento para a segurança do Enem, que é o segundo maior exame do mundo. Só perde para a China", disse.


PROVA


Desde 2009, o Enem ganhou mais importância porque passou a ser usado por instituições públicas de ensino superior como critério de seleção em substituição aos vestibulares tradicionais.
A prova também é pré-requisito para quem quer participar de programas de acesso ao ensino superior, como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), o ProUni (Programa Universidade para Todos) e o Ciência sem Fronteiras.

A taxa de inscrição permanece em R$ 35. Alunos que estejam cursando o 3º ano do ensino médio em escola pública estão isentos do pagamento. Os que não estão isentos devem efetuar o pagamento até 20 de junho por meio do boleto que será gerado durante a inscrição.
No primeiro dia do exame, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e da natureza.

No segundo, será a vez das provas de matemática e linguagens, além da redação, com um total de cinco horas e meia de duração.
A divulgação do gabarito está prevista para o dia 7 de novembro, e o resultado final deve sair em 28 de dezembro.

A redação do Enem deste ano será submetida a um novo sistema de correção. A intenção é aumentar o rigor na avaliação dos textos e, assim, evitar pedidos de revisão da nota.
Outra mudança refere-se à nota mínima para certificação de conclusão de ensino médio, que passa de 400 para 450 pontos em cada área do conhecimento. Na redação está mantido o mínimo de 500 pontos.

Fonte: Folha de São Paulo ( www.folhasp.com.br ) - 30-05-2012

Educação no Brasil


Relator diz que não vê necessidade de 10% do PIB para a educação


FLÁVIA FOREQUE

DE BRASÍLIA


O relator do PNE (Plano Nacional de Educação), deputado federal Angelo Vanhoni (PT-PR), afirmou nesta quarta-feira que não vê necessidade de uma reserva de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para investimentos em educação. Ele reconheceu, no entanto, que uma nova rodada de conversas será feita com o governo na tentativa de se chegar a um consenso sobre o índice.




A definição do percentual é o principal ponto de impasse para a votação da matéria em comissão especial da Câmara dos Deputados, criada no ano passado para debater o assunto. "Eu acho que os 7,5% são suficientes para enfrentar os problemas estruturantes da educação brasileira. A bandeira dos 10% é muito mais política", disse o petista.
Encaminhado ao congresso no final de 2010, o plano original previa a elevação do investimento público de forma a atingir, até 2020, o percentual de 7% do PIB. O relator da matéria elevou o índice para 7,5%, mas entidades do setor pressionam por uma reserva de 10% para a educação. O índice atual de investimento é de cerca de 5% do PIB.


NEGOCIAÇÃO


Diante do impasse, Vanhoni reconheceu que uma nova discussão deverá ser feita com autoridades do governo para debater o assunto. O tema, disse, já foi levado ao Ministério da Educação e à Secretaria de Relações Institucionais.
"Estamos esperando até semana que vem para que nos deem um retorno. (...) Para consolidar uma saída para o impasse, estamos solicitando mais uma rodada de negociações", disse.
O PNE deve ser votado apenas no próximo mês. O texto pode seguir diretamente para o Senado Federal --a matéria pode ir ao plenário da Câmara caso isso seja solicitado pelos deputados. O plano estabelece 20 metas, além de estratégias, para a educação na próxima década.

Fonte : Folha de São Paulo ( www.folhasp.com.br ) - 30-05-2012

Hino do Palmeiras - versão eletrônica

Webconferência - Apeoesp - 23-05-2012 - III

Webconferência - Apeoesp - 23-05-2012 - II

Webconferência - Apeoesp - 23-05-2012 - I

28 de mai. de 2012

Arena Palestra Itália - Palmeiras

Valorização profissional

OS SALÁRIOS DOS PROFESSORES

Depois de terem recebido reajustes acima da édia na última década, os professores da educação básica continuam com os salários mais baixos do País, entre os profissionais de nível superior. São cerca de 2 milhões de profissionais que atendem mais de 50 milhões de crianças e jovens.

Em 2000, a renda média de um docente do ensino fundamental equivalia a 49% do que ganhavam os demais trabalhadores com nível superior. Em 2010, a relação aumentou para 59%. No ensino médio, a variação pulou de 60% para 72%. Em média, um médico e um engenheiro civil receberam R$ 7.150 e R$ 6.015 mensais, na última década. Os médicos e engenheiros também tiveram a menor taxa de desemprego no período - 0,7% e 1,7%, respectivamente.

Já o salário médio dos docentes da educação básica ficou em torno de R$ 1.878 e a taxa de desemprego foi de 3%, entre 2000 e 2010. Em matéria de vencimentos, os professores estão atrás de bacharéis em serviço social, enfermagem e atenção primária e viagens, turismo e lazer. Os números foram extraídos do Censo do IBGE e as tabulações foram feitas pelo jornal O Globo.

Os docentes do Distrito Federal reebem os maiores salários da categoria no Brasil - R$ 4.367 no ensino médio e R$ 3.412 no ensino fundamental. Os menores salários são pagos pelo magistério público dos Estados do Nordeste. No ensino médio, o salário mais baixo - R$ 1.598 - é o do magistério público paraibano. No ensino fundamental, o salário mais baixo - R$ 1.189 - é pago pelo Estado da Bahia.

As consequências do aviltramento salarial do professorado são a falta de motivação, a baixa produtividade e a pequena atratividade da profissão. Por causa dos baixos salários, a carreira docente acaba atraindo, salvo exceções, apenas quem não obteve nota suficiente para ingressar nas faculdades onde os exames vestibulares são bastante disputados. Sem salário digno, além disso, o docente não se sente estimulado a se requalificar, a buscar novas técnicas pedagógicas e a ascender na carreira - pelo contrário, a categoria é conhecida pelo alto grau de absenteísmo e de afastamento por licenças médicas.

A solução para o problema é cara e complexa - e o retorno, em matéria de qualidade de ensino, é obtido apenas a médio e a longo prazos. Estados e municípios, aos quais estão subordinadas as redes de ensino fundamental e médio, alegam que não dispõem de recursos próprios para aumentar os salários do magistério público. E, para pressionar a União a aumentar os repasses, até hoje muitos prefeitos e governadores continuam descumprindo a lei que estabeleceu o piso salarial unificado, em 2008. Só em 2011, isso provocou 17 greves nas redes públicas estaduais de educação básica. 

Além disso, para melhorar a qualidade do ensino e atrair profissionais mais qualificados para o magistério não basta apenas aumentar os salários. Também é necessário impor metas e cobrar maior produtividade - duas exigências que os líderes sindicais do professorado resistem a acatar. "Sem salário,não há a menor possibilidade de qualidade. Agora, é claro que é preciso muito mais do que isso, como carreira, formação e gestão", diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Franklin Leão. "Não dá para imaginar que, dobrando o salário do professor, ele vai dobrar o aprendizado dos alunos. É preciso melhorar os salários para que os alunos aprendam mais, mas o profissional tem que ser mais cobrado por resultados", afirma a diretora executiva do Movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz.

Na última década, as autoridades educacionais agitaram bandeiras mais vistosas do que eficazes. Elas prometeram distribuir computadores a alunos e tablets a docentes, mas não cuidaram seriamente do que é mais importante - pagar melhores salários para os professores e estimulá-los a dar conta de suas funções elementares, em matéria de ensino de português, matemática e ciências. Enquanto essas tarefas estiverem negligenciadas, o sistema educacional brasileiro continuará longe de qualquer resultado minimamente aceitável, como atestam os indicadores nacionais e internacionais de avaliação escolar.

Editorial do "Estadão" - 26/05/2012.

Educação em foco

CAMPINAS É QUEM MENOS INVESTE EM ENSINO NA SUA REGIÃO

Campinas é a que menos investe em ensino na região

Cidade aplica índice mínimo exigido pela legislação;
Paulínia lidera a relação

Entre os 17 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que fizeram a declaração anual de investimento no ensino, Campinas foi a cidade que menos investiu parte de sua receita arrecadada em educação em 2011.

Por lei, todos os municípios devem aplicar 25% da arrecadação de impostos na área. Campinas investiu o limite mínimo. Na outra ponta, o município que mais injetou verba no setor foi Paulínia. Outras duas cidades que compõem a RMC, Santo Antônio de Posse e Itatiba, ainda não declararam ao Ministério da Educação (MEC) a situação dos gastos e investimentos e, por isso, estão impedidos temporariamente de receber recursos federais, via transferências ou convênios.

De acordo com os dados levantados a partir do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope), vinculado ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Campinas aplicou 25,02% de sua receita em 2011 nos ensinos Infantil e Fundamental, o que correspondente a R$ 515.628.683,02. Neste ano, a cidade enfrentou a maior crise política de sua história e teve a Secretaria Municipal de Educação comandada por pelo menos dois secretários diferentes. Entretanto, no ano anterior, a cidade também não ultrapassou muito o limite mínimo exigido por lei, investindo apenas 25,25% de sua receita em educação.

Do outro lado, o município que mais aplicou no setor na região metropolitana foi Paulínia. O investimento chegou a 31,69% (288.071.911,21) em 2011, seguida de Santa Bárbara d’Oeste (31,43%), Vinhedo (31,42%), Holambra (31,04%), Nova Odessa (31%) e Jaguariúna (30,54%). “Nesses três anos e meio, alcançamos índices surpreendentes na educação. Hoje, somos referência”, afirmou o prefeito de Paulínia, José Pavan Junior (PSB). Segundo ele, em junho, a Administração vai entregar duas novas escolas de Ensino Fundamental com capacidade para atender 1,8 mil alunos e ampliar as vagas em creches.

De acordo com a professora da Faculdade de Educação da Veris Metrocamp, Patrícia Aquino, os os dados demonstram a prioridade que é dada à educação em cada um dos municípios. “Os dados demonstram claramente que aqueles municípios que mais investem em educação são os que aparecem em melhor posição nas avaliações feitas pelo Ministério da Educação e pela Secretaria de Estado da Educação. Não à toa, Jaguariúna, que está entre as que mais investiram, foi, na RMC, a cidade que ficou com o melhor resultado no Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo)” , destacou.

O estudante da rede municipal de ensino de Campinas E.G., de 10 anos, sofre na pele a falta de investimento na educação. Três meses depois do início do ano letivo, o garoto ainda não recebeu o uniforme e a maior parte do material escolar foi comprada pela família. Segundo seus pais, 90% do valor foram custeados por recursos próprios, para evitar prejuízos ao aprendizado do menino.

Prefeitura

O secretário municipal de Educação, Roberto Cecílio, disse, pela assessoria de imprensa, que está dentro da lei com relação ao limite de gastos da educação e que, se aumentar a fatia do ensino no Orçamento, isso pode reduzir o investimento em outras áreas que também têm suas demandas, como por exemplo a Saúde. A Secretaria informou também que há outras fontes de recursos além do Orçamento municipal, provenientes de convênios com os governos estadual e federal. A exemplo, recentemente, o prefeito Pedro Serafim (PDT) foi a Brasília em busca de recursos federais para a construção de creches.

Segundo a assessoria, foi realizado também um levantamento no primeiro quadrimestre indicando que Campinas empenhou 27,5% do Orçamento para a Educação. (Colaborou Daniela Nucci)

Itatiba e Posse têm verbas para convênios congeladas

Itatiba e Santo Antônio de Posse estão impedidas temporariamente de receber recursos do governo federal, via transferências ou convênios, por não terem feito a declaração obrigatória ao Siope, gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC).

O prazo para a prestação de contas era até o dia 30 de abril. A regra é adotada para garantir o cumprimento da vinculação constitucional de investimento municipal em Ensino de 25% das receitas líquidas. O não cumprimento do prazo implica na interrupção temporária do recebimento de recursos federais não só para Educação, mas para todas as áreas.

O coordenador do Siope, Paulo Cesar Malheiro, esclarece que o sistema continua aberto para a transmissão de dados dos municípios. “A partir do momento em que o município declara as
informações ele fica apto a firmar convênios e receber recursos do governo federal”, afirma. Ele lembra que, quanto mais cedo esses municípios declararem, mais possibilidade de receber recurso federal terão. “Estamos num ano atípico, ano de eleições. E o FNDE só pode liberar recursos de transferência voluntária até 6 de junho. Depois não pode mais porque entramos no período eleitoral.”

Malheiro ressalta que as suspensões são apenas para transferências voluntárias, como ônibus escolar e o Plano de Ações Articuladas, entre outros convênios. Já as transferências constitucionais obrigatórias não podem ser bloqueadas, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Segundo a Secretaria de Educação de Posse, um funcionário responsável pela atualização de dados se desligou da Prefeitura. Outra pessoa já teria assumido a função e a expectativa era de que até a noite de sexta-feira todas as informações seriam transmitidas. Itatiba informou que, por conta de uma verba recebida no final do ano e contabilizada no sistema da Prefeitura no ano seguinte, a declaração, ao ser enviada, apresentou divergências. O Município está em contato com o gerenciamento do Siope para resolver a questão.


Informações da RAC

24 de mai. de 2012

Progressão Aritimética - PA - III

Progressão Aritimética - PA - II

Progressão Aritimética - PA - I

Um avanço fascinante


Um avanço fascinante

Autor(es): Derrick Rossi
Veja - 04/07/2011


O cientista americano explica como gerou células-tronco em laboratório, um dos feitos mais promissores no combate a doenças degenerativas como Parkinson e Alzheimer.
 Quem entra no laboratório de pesquisa do biólogo Derrick Rossi, na Universidade Harvard, não encontra nada de especial. São bancadas com pipetas e tubos de ensaio, prateleiras atulhadas de frascos de reagentes. Ali, trabalham nove pessoas - seis com pós-doutorado, dois técnicos e um estudante, com orçamento anual de 1 milhão de dólares. Nesse ambiente austero, Rossi conseguiu um feito espetacular: criou um novo método, mais eficiente, menos perigoso e menos invasivo, de reprogramar células adultas, fazendo-as voltar a um estado infantil, quando têm a capacidade de se transformar em qualquer tecido do organismo humano. E o caminho mais promissor para a cura de doenças como diabetes, Parkinson e Alzheimer. Em seu minúsculo e despojado escritório, ele deu a seguinte entrevista a VEJA.
O método com que o senhor gerou células-tronco de pluripotência induzida animou os cientistas, mas, antes de mais nada, o que são células-tronco de pluripotência induzida?
Essas células são conhecidas como iPS (a sigla vem do nome em inglês: induced pluripotent stem cells) e foram geradas pela primeira vez em laboratório pelo professor Shinya Yamanaka, da Universidade Kyoto, no Japão. Em 2007, ele conseguiu pegar uma célula adulta comum e introduzir nela quatro fatores, fazendo com que ela voltasse ao estado pluripotente. O estado pluripotente é uma fase inicial da vida da célula, quando ela ainda tem a capacidade de se diferenciar em qualquer um dos diversos tecidos do organismo humano, como acontece com as células-tronco embrionárias. É o feito mais sensacional que já vi na biologia celular em toda a minha carreira. Mesmo hoje, revendo a pesquisa do professor Yamanaka, fico impressionado com o volume de conhecimento biológico que envolveu. É um trabalho brilhante.
 Qual a diferença entre as células pluripotentes do professor Yamanaka e as suas?
 A diferença central está no método de reprogramar as células. Nosso método é mais eficiente. A taxa de sucesso de reprogramação celular do método de Yamanaka é de 0,1%. O nosso é pelo menos 100 vezes mais eficiente. Segundo ponto: nos experimentos do professor Yamanaka, a reprogramação usa um vírus como, digamos, meio de transporte. O vírus transporta os fatores para dentro da célula, alterando o seu genoma. O problema é que o vírus é um vetor indesejável, perigoso. Ele pode ativar ou desativar funções da célula, o que acaba resultando em doenças. No nosso caso, em vez de vírus, usamos um RNA sintético, que chega à célula de modo, por assim dizer, invisível. Por ser invisível, o RNA sintético não provoca nenhuma resposta antiviral a célula e, melhor ainda, também não altera o genoma da célula.
 Qual a vantagem de evitar uma resposta antiviral e não alterar o genoma da célula?
 A vantagem está na segurança e no controle. O uso de vírus e a mudança do genoma são um risco. Podem levar as células a um desenvolvimento descontrolado, desordenado, resultando em câncer, o que inviabiliza seu uso em pacientes. No nosso método, isso não existe. O genoma da célula permanece inalterado. Quando nossa pesquisa foi publicada, a imprensa americana deu muita atenção a esses aspectos, que são realmente relevantes, mas acabou esquecendo um dado que, a meu ver, é ainda mais importante. Além de gerarmos iPS mais seguras, verificamos se as nossas células pluripotentes se transformavam nas células que quiséssemos. Em outras palavras, testamos se era possível direcionar a diferenciação das células pluriporentes para a linhagem que desejássemos. Fizemos a experiência induzindo a criação de células musculares, e deu certo. Criamos músculo.
 Mas já houve experiências de criação de músculo em laboratório. Por que o senhor considera isso tão importante na sua pesquisa?
 Criamos músculo como prova de conceito, para verificar em termos práticos se nossas células iPS tinham mesmo o potencial que esperávamos. É razoavelmente simples criar músculo em laboratório porque envolve apenas um fator, e testamos nossa experiência com músculo exatamente por ser simples. O conceito se comprovou. Isso é importante porque fechamos todo um ciclo: de uma célula adulta - no nosso caso, uma célula de pele - criamos uma célula pluripotente que direcionamos para que se transformasse em uma célula muscular, sem a presença de vírus e sem alteração no genoma. Agora, estamos trabalhando na geração de tipos mais complexos de célula. Junto com Douglas Melton, diretor do instituto de células-tronco de Harvard, tentamos criar células beta do pâncreas, que produzem e liberam insulina. No meu laboratório, estamos trabalhando para fazer células-tronco hemaropoiéticas, que dão origem ao sangue. Em parceria com outros laboratórios de pesquisa, estamos tentando criar cardiomiócitos, que são fibras do músculo cardíaco.
Uma das promessas do seu trabalho é que, gerando células pluripotentes a partir de células do próprio paciente, não haveria risco de rejeição. Em maio passado, cientistas da Universidade de San Diego divulgaram um estudo mostrando que a rejeição acontece do mesmo modo. O que o senhor achou desse trabalho?
 Li esse estudo, mas acho que tem sérios problemas. Primeiro, a experiência foi feita em camundongos, de modo que não se pode simplesmente transferir suas conclusões para seres humanos. Segundo, eles fizeram algumas escolhas no estudo que considero cientificamente pobres e que, a meu ver, comprometem as conclusões. Não estou dizendo que não há o que estudar sobre as iPS que conseguimos criar. Longe disso. Há muito estudo a fazer. Há experiências, por exemplo, sugerindo que as células carregam uma "memória" do que foram. Se isso for mesmo verdade, uma célula da pele, mesmo depois de ser revertida ao estado de célula-tronco pluripoteme, ainda guardará a memória de que um dia foi pele e sua tendência será se diferenciar, de novo, em tecido da pele, e não em outro tecido qualquer, como acontece com as células-tronco embrionárias. É uma hipótese que precisamos estudar. Portanto, estou dizendo apenas que não vejo validade científica na tese central dos colegas de San Diego. Mas, de qualquer modo, a questão da rejeição ainda está um pouco longe. Não estamos prestes a usar células iPS em pacientes.
 Em quanto tempo as células iPS poderão ser usadas em pacientes com a necessária segurança?
Quando estamos na última fase de um estudo clínico, é possível dar prazos. Na etapa atual, porém, falar em prazo é uma irresponsabilidade. Na verdade, ninguém sabe. As células-tronco de embriões humanos vêm sendo pesquisadas há uma década e meia, e só agora estão começando a ser testadas em pacientes. Existem dois estudos em curso. Um é da Geron, uma empresa da Califórnia. A Geron foi autorizada a testar uma terapia baseada em células-tronco embrionárias em pacientes com lesão medular. A outra empresa, a Advanced  Cell  Technology, recebeu autorização para testar um tratamento contra a degeneração macular, uma doença da retina que provoca a perda de visão. Depois desses anos todos de pesquisas esses são os primeiros testes em pacientes. Pode ser que o uso de células iPS em pacientes ocorra mais rapidamente, em função do conhecimento acumulado na biologia celular, mas pode ser que demore mais. Não sabemos.
Qual o benefício mais imediato que sua descoberta pode trazer para pacientes?
A curto prazo, as células iPS vão nos permitir pesquisar sobre doenças que, por qualquer razão, são difíceis de estudar. O diabetes tipo 1, por exemplo, é uma doença que surge com um ataque autoimune massivo que, basicamente, mata as células beta, que fazem a insulina. Quando a criança é diagnosticada com diabetes tipo 1, a maioria das células bem já foi destruída. Como não podemos examinar o desenvolvimento da doença, fica difícil entendê-la. Até hoje não sabemos exatamente o que deflagra o ataque autoimune. Agora, com a tecnologia que criamos, será possível a curto prazo gerar células beta para estudar o diabetes tipo 1 e descobrir tratamentos mais eficazes. Isso vale para muitas outras doenças, como Parkinson ou Alzheimer. Estou falando apenas da biologia celular, mas essa tecnologia tem aplicação em 10000 áreas da biologia. Nossa tecnologia levará, com certeza, a uma explosão de pesquisas.

 Como seu método cria iPS semelhantes às células-tronco embrionárias, os cientistas poderão deixar de usar embriões humanos em pesquisas, encerrando a polêmica moral e religiosa sobre o uso de células embrionárias em laboratório?
 Essas pesquisas seguem sendo fundamentais. Toda vez que surge uma experiência criando algo parecido com células-tronco embrionárias, a direita religiosa divulga a ideia de que vamos poder dispensar o uso de embriões. Foi o que aconteceu em 2002, quando Catherine Verfaille descreveu na revista Nature uma nova classe de célula-tronco adulta com propriedades típicas de célula-tronco embrionária. Também foi o que aconteceu em 2007, quando o próprio Yamanaka gerou células pluripotentes. Agora, estão dizendo a mesma coisa. Se tivéssemos parado a pesquisa com embriões depois do trabalho de Verfaille, Yamanaka não teria feito o seu achado. Sem Yamanaka, nós não teríamos feito o nosso. As celulas-tronco embrionárias são a medida-padrão das pesquisas em biologia celular. Sem elas, estaríamos trabalhando no escuro. A direita religiosa diz que é imoral usar embriões em pesquisas porque isso equivale a acabar com uma vida humana. Creio que é o contrário. Os embriões estão em clínicas de fertilização e foram descartados. O destino deles é a lata de lixo. É um imperativo moral que sejam aproveitados em pesquisas  para o bem da humanidade. Imoral é jogá-los no lixo.
As células-tronco apareceram como a grande promessa da ciência, mas, como ainda não saíram do laboratório para o hospital, criou-se a sensação de fracasso. O que deu errado?
A ciência demora - e é bom que demore, em nome da segurança. O transplante de medula óssea levou décadas. Nos anos 50, quando Donnall Thomas fez o primeiro transplante, que lhe valeu o Nobel, não sabíamos nada sobre rejeição. O primeiro transplante foi feito entre gêmeos idênticos. Aos poucos, fomos entendendo o processo. Hoje, são realizados cerca de 30000 transplantes de medula óssea por ano nos Estados Unidos, mas, para chegar a isso, foram anos e anos de estudo. Temos todos os motivos para estar otimistas com as células iPS, mas não vamos ignorar a realidade. Tenho recebido muitas cartas e e-mails de gente que tem um amigo, um filho, o marido doente, perguntando se as iPS podem ser usadas para ajudá-los. Não chegamos lá ainda. A pior coisa que pode acontecer é a terapia ser aplicada cedo demais e matar pacientes. Isso faria parar tudo por anos a fio. Precisamos dar tempo à ciência.
Em algum momento, a terapia-celular vai criar órgãos humanos inteiros, como um rim ou um fígado, ou isso é ficção científica?
Creio que será possível, sim. Já fazemos isso com o sangue. O sangue, embora não pareça, é um tecido. Quando transplantamos células que formam sangue - as chamadas células hematopoiéticas - de uma pessoa para outra e reconstruímos o tecido, estamos criando sangue. Talvez o sangue seja um tecido especialmente fácil de criar porque não tem veias nem nervos, mas o fato é que pequenos organoides são desenvolvidos toda hora. Não são órgãos inteiros, mas têm as propriedades de um órgão. A criação de um rim ou um fígado, contudo, é coisa para longo prazo. A ideia é chegarmos ao momento em que poderemos pegar uma célula-tronco da pele de um paciente com um grave problema hepático, digamos, e a partir dela criarmos um fígado novo. Será o auge da terapia celular, mas é para longo prazo. Não sabemos como criar um fígado. É preciso reproduzir vasos, nervos, toda uma estrutura. É difícil chegar lá. A vida é complexa, mas estamos cada vez mais perto.